
A importância da precificação para gestão de materiais de OPME
Um dos principais problemas enfrentados pelas operadoras consiste no controle dos preços aplicados pelos fornecedores. A comercialização dos materiais por diferentes empresas dá “brecha” para a falta de padronização nos valores, o que onera os gastos. E no setor de órteses, próteses e materiais especiais (OPME) esses gastos podem ser ainda maiores. No entanto uma ótima aliada nesse contexto consiste na tabela de precificação. Pensando nisso, no post de hoje, vamos abordar a importância de uma tabela de preços e quais informações (contidas nela) podem contribuir com as rotinas do setor.
Como se dá a precificação em OPME?
Imagine uma tabela que regula os preços e norteia suas aplicações. Uma espécie de Tabela FIPE – utilizada por concessionárias de veículos e pelo consumidor para verificarem os preços aplicados no mercado –, que pode ser usada no contexto da saúde. De uma maneira simplificada, é como podemos classificar a tabela de precificação para a aquisição de materiais de OPME. Mas a construção de uma tabela de preços que contenha todas as informações essenciais da área não é tarefa fácil.
A possibilidade de acessar informações sobre determinados materiais a partir de filtros específicos, e a verificação das informações técnicas do material (e demais códigos) possibilita ao profissional uma busca assertiva dos preços e demais dados sobre o produto. Uma tabela de precificação completa reúne informações de diferentes órgãos regulamentadores, aliadas às referências de mercado. “Ela (tabela de precificação) pode ser considerada um mapa para a operadora de saúde, já que traz informações sobre fabricante, fornecedor e preço médio de mercado”, salienta Danielle Schmitz, analista de custos assistenciais da Gestão OPME.
Anvisa e ANS norteiam as características técnicas
Danielle esclarece também que a tabela de precificação de OPME deve conter informações técnicas dos materiais, como deferimento ou indeferimento e validade do registro. Essas informações são disponibilizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Já a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) fornece a codificação do material que norteia as ações das operadoras.
Conforme a analista de custos, podemos considerar essas informações como a base de uma precificação adequada, pois é a partir delas que conhecemos as especificidades do material e temos dimensão do seu custo e finalidade. “Um sistema de precificação que agrega ao dia a dia da gestão é aquele que não se baseia somente nas informações técnicas de um órgão. Mas sim que reúne dados úteis (técnicos e de mercado) que auxiliam o início das negociações de preço”, reforça.
Tabelas com dados atualizados e informações relevantes
Nas tabelas de precificação para OPME devem constar dados sobre o material (que podem ser extraídos junto às agências reguladoras) e, principalmente, o preço médio aplicado no mercado. Para que ela tenha sentido e seja utilizada da melhor maneira possível, é fundamental que essas informações sejam atualizadas e organizadas de maneira intuitiva.
Benefícios do acesso às tabelas de precificação de OPME
Como falado anteriormente, a aquisição dos materiais de OPME corresponde a uma grande parcela dos gastos das operadoras. Dados do Instituto de Estudos em Saúde Suplementar (IESS) estimam que mais de 30% dos custos assistenciais de uma operadora estejam relacionados a aquisição desses materiais. Este cenário mostra a importância do acesso à uma relação de preços completa, justa, e que aborde também as características do material a ser adquirido.
A sua operadora tem acesso a uma tabela de precificação com essas características? Quais as principais dificuldades que você enfrenta para ter acesso aos preços e informações dos materiais de OPME? Compartilhe conosco nos comentários!